Uma das grandes dificuldades que artesãos enfrentam ao comercializarem suas peças é saber estabelecer o valor correto de cada produto. As dúvidas sobre o assunto são frequentes principalmente entre quem está começando a
empreender. A precificação incorreta pode gerar prejuízos não apenas individuais como também para o setor como um todo.
Para Juliana Penhorate, artesã, designer de amigurumi e infoprodutora, a precificação correta de peças feitas à mão é fundamental para o desenvolvimento do setor. “Quando toda a comunidade artesã souber precificar corretamente vai haver uma valorização maior do mercado pelo artesanato, pois não haverá tanta discrepância entre os valores cobrados em trabalhos similares”.
Juliana destaca a importância de a classe artesanal encarar seu trabalho como um negócio profissional. “O artesão tem que entender que o ateliê deve ser visto como um negócio assim como qualquer outro. Toda empresa surge para
ser rentável e precificar corretamente é um dos pilares para o sucesso. Conhecer todo processo de produção e custos de cada peça permite que seja cobrado um valor justo pelo trabalho executado, tornando o ateliê fonte principal de renda e lucrável”.
De acordo com a artesã, para precificar de forma correta é necessário saber o custo fixo do ateliê, determinar o valor da hora trabalhada, conhecer o tempo de execução, saber o preço dos materiais utilizados e não esquecer do lucro.
“Parece muita informação, mas depois que começa a entender os conceitos e colocar em prática, tudo fluirá mais fácil e o trabalho artesanal se tornará mais possível”, explica. “Minhas dicas são: Estude sobre o assunto. Conheça o seu processo. Utilize ferramentas gratuitas ou pagas de precificação. E valorize a sua mão de obra”, finaliza.
Texto escrito por_ Carol Weiss
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